Mostra recebeu nesta quarta “Olheiros do Tráfico”, “Uma pilha de pratos na Cozinha” e “A Alma é o Líquido do Mar”
A II Mostra de Teatro Tiradentes em Cena tem apresentado uma extensa programação que vai de grandes e consagrados espetáculos até peças recentes e estreias nacionais, como é o caso de “Ilhada em Mim”, de São Paulo, que estreará na próxima sexta-feira (23) e “O País do Desejo do Coração”, montagem feita especialmente para o Festival que conta com direção de Matheus Natchergaele e será apresentado no sábado (24).
Ontem, no SESI-Centro Cultural Yves Alves, o espetáculo “Uma Pilha de Pratos na Cozinha”, recentemente lançado no Rio de Janeiro, foi apresentado para a plateia do Tiradentes em Cena, que encheu a casa. A peça marca a primeira direção teatral do estrelado ator Alexandre Borges. Este, mesmo não comparecendo à apresentação, mandou um recado e aproveitou para agradecer ao público do Tiradentes em Cena pela calorosa recepção na primeira edição da Mostra, que aconteceu no ano passado, quando o ator apresentou na Praça Principal o “Poema Bar", reunião das obras de Vinícius de Moraes e Fernando Pessoa. “Uma Pilha de Pratos na Cozinha” fala sobre a dificuldade que Júlio, personagem principal interpretado pelo ator Rodrigo Rosado, possui em se relacionar com outros seres humanos. O espetáculo foi aplaudido de pé pelo público presente.
- Tiradentes sabe receber muito bem. Estar aqui é incrível. Ver a plateia rindo e calando é emocionante. É um trabalho que começa leve, vai te levando à percepções e reflexões. O Festival está de parabéns. Essa cidade está pronta pro Teatro. Quero estar em todas as Mostras, como ator, como produção, como tudo! – Conta Rodrigo Rosado.
A Quarta-Feira do Festival também contou com a apresentação de “Olheiros do Tráfico”. Supervisão cênica de Domingos Oliveira, a peça traz os atores Bruno Suzano e Sandro Barçal na história de dois adolescentes vítimas do vício e da negligência do consumo de massa da sociedade. O espetáculo foi assistido pelos alunos da Escola Estadual Basílio da Gama, de Tiradentes.
- É a primeira vez que venho ao Teatro. A peça é muito interessante. Essa é a realidade do Brasil. Foi muito legal! – Conta Karen Olimpio, 17 anos, estudante da Escola.
A performance “A Alma é o Líquido do Mar” completou a programação do sexto dia do Festival e provocou os presentes com um silenciosa e ao mesmo tempo avassaladora procissão, que saiu de dentro da Igreja do Rosário e chegou até o cemitério da Igreja Matriz de Santo Antônio.
- Não sei porque insistimos em falar, traduzir e amar. Vi perdido no ar, atos e atitudes de paixão. Impossível não modificar algo em mim. Ri, sorri, vi, olhei. Lágrimas escorreram sem que eu pudesse contê-las em mim. Transbordei um pouco. Amei! – Conta a espectadora Luciana Albernaz Araújo