2ª Edição da Mostra começa a despedida com grandes espetáculos e emociona público presente em Tiradentes
O penúltimo dia da II Mostra de Teatro Tiradentes em Cena contou, mais uma vez, com casas lotadas e shows arrepiantes. Pela manhã, o espetáculo “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”, de Passos, Minas Gerais, encantou os alunos da Escola Estadual Basílio da Gama com um enredo que enlaçou música e poesia em uma apaixonante história de amor.
- É muito gratificante estar aqui hoje. Estava lotado de crianças e isso é sensacional. Afinal de contas, é de pequeno que se aprende, não é mesmo? O sentimento é de dever cumprido. Muita emoção. Faltam palavras para descrever. – Conta Juliana Mota, atriz que interpreta Andorinha.
Os alunos da Escola Municipal Marília de Dirceu receberam Nado Rorhmann e Renata Franca da Cia Inventos, que com a Oficina Teatro de Sombras propuseram uma incrível viagem pelo mundo das imagens projetadas.
Abrindo a noite do oitavo dia da Mostra, Djin Sganzerla e André Guerreiro Lopes subiram ao palco do SESI-Centro Cultural Yves Alves e trouxeram a primeira estreia nacional do Tiradentes em Cena. “Ilhada em Mim”, a história da poetisa norte-americana Sylvia Plath, foi escrito pela jornalista Gabriela Mellão e dirigido por André Guerreiro, que levou em uma linguagem nitidamente sorrateira, um cinematográfico encontro entre Teatro e Plateia.
- Foi um trabalho incessante. De criação, de enlouquecer mesmo. Inventamos isso. Inventamos a metáfora. O artista faz isso. Muito feliz em ver um público interagindo, interagindo com a atenção que nos deram. Nós precisamos do público para prosseguir com a peça. É um encontro mesmo. A intensidade de Sylvia Plath era assim: transposição, recriação do universo dela. – Conta André.
- É uma honra, uma alegria participar desse festival. Eu estou aqui para ficar. Serei uma das participantes incessantes deste festival. Estou extremamente feliz. Saber que a minha alma tocou à outra pessoa é incrível. A função da arte é essa. É mexer com a gente! – Declara Djin.
O encerramento da noite ficou por conta do Grupo Ponto de Partida, de Barbacena. O grande homenageado desta edição do Tiradentes em Cena arrancou suspiros, sorrisos e lágrimas da plateia que lotou o Teatro Praça, na Praça Principal. Com canções características e marcantes da história da Música Popular Brasileira, o espetáculo “Travessia” iluminou a noite de Tiradentes e com singela delicadeza, retirou, por alguns minutos, a cidade para dançar.
- O “Travessia” é muito brasileiro. Essa música que a gente canta é muito nossa. Ela está dentro de todo mundo. As pessoas cantam junto e no final tomam posse do que na verdade sempre foi delas. O Teatro só acontece porque existe a plateia. E essa plateia de hoje estava incrível. Foi lindo. Um encontro muito feliz. – Conta Saraia Moraes, integrante do Grupo há 30 anos.